Category Archives: 31 – Sociologia

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A morte da que já foi Rainha

António Mateus de Albergaria

Neste apontamento “António Mateus de Albergaria” é a figura a partir da qual é desenvolvido o estudo genealógico que nos vai levar a famílias essencialmente de Arrifana de Santa Maria e de São João da Madeira. É o antepassado directo de famílias importantes destas duas freguesias e de individualidades distintas.

 Vejamos:

Vamos tratar este António Mateus por “António Mateus de Albergaria”, de modo a distinguir do seu contemporâneo e residente no lugar das Fontainhas, freguesia de São João da Madeira, António Mateus, pai de Maria Mateus, a Formosa, mulher limpa, solteira, mãe de “Cristóvão Alão de Morais”[1] [2].

Sem tentar neste breve apontamento esgotar toda a descendência de António Mateus de Albergaria, obra demasiada abrangente e que não é o intuito deste estudo, não deixaremos de cuidar de cada um dos mencionados com os devidos cuidados

Em 1618, António Mateus de Albergaria, terá mudado de residência e instalou-se em Arrifana de Santa Maria. Estava-se num período normal de convulsões: reinava em Portugal Filipe II; começava a Guerra dos Trinta Anos; …

Como seus descendentes directos e que destacamos, de entre muitos e ilustres personalidades, temos:

 Manuel Mateus Tinoco – FSO – nasceu a 3 de fevereiro de 1692;

Alberto Gomes de Carvalho – FSO – nasceu cerca de 1729;

António José de Pinho – justiçado  pelas tropas francesas, nas 2.ª Invasões Francesas, em Arrifana de Santa Maria – nasceu a 19 de novembro de 1744;

Conde António Dias Garcia – Notável de São João da Madeira – Nasceu a 2 de abril de 1859;

Benjamim Valente da Silva – Notável de São João da Madeira – Nasceu a 27 de fevereiro de 1887 -;

Porfírio da Mota Gomes – Razão de ser do estudo – Nasceu a 26 de agosto de 1889;

Serafim Soares Leite – Notável de São João da Madeira – Nasceu a 6 de abril de 1890;

António Joaquim de Faria – Participou na Primeira Grande Guerra, tendo embarcado a 15 de maio de 1917, em Lisboa, com destino a La Lys, França – Nasceu a 6 de fevereiro de 1895 -;

Benjamim António de Oliveira Valente – Notável de São João da Madeira – Nasceu a 17 de outubro de 1935 -;

Referenciados entre muitos e ilustres personalidades:

João de Sousa – FSO – Nasceu a 10 de março de 1673;

António Nunes Gassamar – Descendente dos Condes da Feira – Nasceu a 20 de novembro de 1676;

Capitão Manuel de Santiago – FSO – Nasceu a 6 de janeiro de 1708;

Albino Francisco Correia – Visconde de São João da Madeira – Nasceu a 23 de maio de 1850;

António José de Oliveira Júnior – Notável de São João da Madeira – Nasceu a 17 de abril de 1864;

[1] Pedatura Lusitana, tit. Machados-Moraes-Alões, t. III, vol. II, p.359

[2] São João da Madeira, Cidade do Trabalho, M. Antonino Fernandes, p. 192

 

 

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OS PADRES NA GENEALOGIA DA FAMÍLIA Padre António de Bastos

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OS PADRES NA GENEALOGIA DA FAMÍLIA

O PADRE ANTÓNIO DE BASTOS E “OS CHAPISCAS”

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Os Padres na Genealogia da Família – Reverendo Padre Francisco Valente

Antes de ser Valente já o era

1. Brígida Valente, nasceu por volta de 1580, em Válega, e viria a casar com Valentim Fernandes. Tiveram os seguintes filhos, de que tenho conhecimento:

2. António Fernandes Continuar a ler

Os Padres na Genealogia da Família – Baltasar Pereira de Pina

1. Pedro Pereira, nasceu no lugar de Paços, freguesia de São Martinho de Fajões, concelho de Santa Maria da Feira, e deve ter nascido na primeira metade do século XVII. Casou com Domingas João. Faleceu no lugar de Paços, na freguesia de São Martinho de Fajões, a 2 de Junho de 1745, com cerca de 82 anos, viúvo de Domingas João, a qual tinha falecido no mesmo lugar e freguesia, em 6 de Março de 1741. Deste casamento, tiveram os seguintes filhos:

2. Manuel Pereira de Pina

2. Domingos Pereira de Pina, nasceu a 5 de Março de 1685;

2. Baltasar Pereira de Pina

2. Francisco Pereira de Pina, nasceu a 12 de Março de 1691. Casou com Domingas Luís, filha de Domingos André e Domingas Luís, em 16 de Fevereiro de 1706. Ficou viúvo a 19 de Novembro de 1706, tendo vindo a falecer a 14 de Setembro de 1707, sem deixar descendência.

2. João Pereira de Pina, nasceu a 8 de Junho de 1693;

2. Salvador Pereira de Pina, nasceu a 6 de Setembro de 1695;

2. Alexandre Pereira de Pina, nasceu a 6 de Abril de 1698;

2. Alexandre Pereira de Pina, nasceu a 19 de Agosto de 1704;

2. Maria Teresa de Pina, nasceu a 26 de Janeiro de 1707. Casou com António Martins Ferreira, a 8 de Fevereiro de 1735. Faleceu a 18 de Junho de 1768, tendo sido depositado o seu corpo na Capela de Nossa Senhora das Dores, Lugar dos Paços, freguesia de São Martinho de Fajões. Seu marido faleceu a 3 de Dezembro de 1785, e o seu corpo também foi sepultado na Capela de Nossa Senhora das Dores.

2. Isabel Pereira de Pina, nasceu a 14 de Outubro de 1710. Foi casada com José António, e tiveram descendência.

2. Manuel Pereira de Pina, nasceu no lugar de Paços, freguesia de São Martinho de Fajões, concelho de Oliveira de Azeméis, a 8 de Junho de 1683. Casou com Isabel Luís, natural do lugar de Paços, freguesia de São Martinho de Fajões, concelho de Oliveira de Azeméis, filha, deduzo, de Domingos André e de sua mulher Domingas Luís, ambos do lugar de Paços, de que ficou viúvo a 7 de Junho de 1703. Que saiba, não teve descedência.

Casou, pela segunda vez, com Maria João, filha de Pedro Francisco e de Maria João, naturais do lugar do Covelo, São Martinho de Fajões, a 11 de Outubro de 1703. Deste casamento teve

3. Maria, nasceu a 11 de Dezembro de 1705,

3. Isabel, nasceu a 6 de Outubro de 1711.

2. Baltasar Pereira de Pina, nasceu a 22 de Abril de 1689, no lugar de Paços, freguesia de São Martinho de Fajões. Casou a 16 de Fevereiro de 1706, com Maria Luís, filha do já referido casal, Domingos André e Domingas João. Neste mesmo dia também ocorreu o casamento do irmão de Baltasar, o Francisco Pereira de Pina, conforme mencionado acima, com Domingas Luís, irmã de Maria Luís. Ficou viúvo a 2 de Junho de 1708. Deste casamento não teve descendência.

Devem ter sido tempos difíceis para Baltasar Pereira de Pina. Ocorreram muitas mortes na família da mulher, senão vejamos:

Isabel Luís, sua cunhada, faleceu a 7 de Junho de 1703

Domingos André, sogro. faleceu a 17 de Abril de 1706

Domingas Luís, sua cunhada, faleceu a 19 de Novembro de 1706

Maria Luís, esposa, faleceu a 2 de Junho de 1708

Baltasar Pereira de Pina segue a vida espiritual. E é assim, como testemunha, mas também como padre, que o encontramos num batizado, a 25 de Março de 1716. Tinha ele a idade de 27 anos. E desse dia em diante surge-nos como uma das principais figuras do clero da freguesia de Fajões.

Em 9 de Fevereiro de 1721, de uma relação amorosa com Isabel Pereira, natural de Azagães, freguesia de Carregosa, nasceu:

3. Manuel Caetano Pereira

No assento do batismo não é mencionado o nome do pai, o Reverendo Padre Baltasar Pereira de Pina.

Em 1737, mandou construir a Capela da Senhora das Dores, nos terrenos de família.

É no assento do casamento de Manuel Caetano Pereira, a 30 de Janeiro de 1740, e, mais tarde, em 30 de Setembro de 1771, no assento do casamento do seu neto, Manuel Caetano Pereira, acto que teve lugar na Capela da Senhora do Ó, “que serve de Igreja”. No assento de outro seu neto, José Caetano Pereira, acto que ocorreu também na Capela da Senhora do Ó, a 1 de Agosto de 1776, também é mencionado, como avós paternos, Baltasar Pereira de Pina e Isabel Pereira (solteira).

A 4 de Outubro de 1771, aos oitenta e dois anos de vida, o Reverendo Padre Baltasar Pereira de Pina, tendo celebrado no dia antecedente, perde repentinamente os sentidos. Foi sepultado “na sua Capela da Senhora das Dores”. Não fez testamento. E “seus herdeiros são obrigados a fazer-lhe os bens da alma conforme o uso e costume”. E assim fizeram.

Nestes tempos, os filhos naturais podiam tomar parte na herança dos pais. Para o descendente do Reverendo Padre Baltasar Pereira de Pina nada sabemos sobre se ocorreu alguma doacção em vida visto que após a sua morte e, por ausência de testamento, não terá sido contemplado na repartição dos bens.

Recentemente foi dado o nome do “Padre Baltazar Pereira de Pina” à rua que passa em frente à Capela da Senhora das Dores,.

3. Manuel Caetano Pereira, casou com Domingas da Silva, a 30 de Janeiro de 1740, filha de João da Silva e de sua mulher Domingas João, neta paterna de António Ferreira e de Isabel da Silva, neta materna de Domingos Jorge e de sua mulher Maria João, bisneta paterna de Amador Gomes, natural de Milheirós de Poiares e de Domingas Ferreira, natural de Cesar, e de André, escravo de Manuel de Pinho, de Azagães, Carregosa, e de Isabel, solteira, natural de Cesar, e bisneta materna de Domingos Jorge e de Domingas Antónia, de São João da Madeira, e de Tomé João e de sua mulher Joana Dias, ambos naturais de Nogueira do Cravo.

No registo de casamento, surge como pai, o Reverendo Padre Baltasar Pereira de Pina, do lugar de Paços, da freguesia de São Martinho de Fajões. O nome da mãe não é mencionado. Teve

4. Maria João, nasceu a 22 de Junho de 1743.

4. Manuel Caetano Pereira, que segue.

4. Domingos Caetano Pereira, nasceu a 7 de Abril de 1747.

4. João da Silva, nasceu a 7 de Janeiro de 1750. Casou a 3 de Setembro de 1773, com Inácia Maria da Silva, natural de Azagães, Carregosa, filha de Manuel Ferreira e Antónia Maria, naturais de Azagães, Carregosa.

4. José Caetano Pereira da Silva, que segue.

4. Manuel Caetano Pereira. nasceu a 7 de Abril de 1747, no lugar de Travasso, freguesia de Cesar. Casou com Rosa Francisca de Jesus, a 30 de Setembro de 1771, filha de António Francisco e Maria Moreira, natural do lugar do Outeiro de Cima de Manhouce, freguesia de Arrifana. Teve

5. Fernando Pereira

5. Custódia Francisca

5. António Caetano Pereira

5. João Caetano Pereira

5. Josefa Francisca

4. José Caetano Pereira da Silva, nasceu a 25 de Setembro de 1756, no lugar de Travasso, freguesia de Cesar. Casou com Rosa Luiza de Pinho, a 1 de Agosto de 1776, filha de Francisco Jorge de Pinho e de Maria Luiza, natural do lugar das Laceiras, freguesia de Arrifana. Teve

5. António Silva

5. Rosa Maria de Jesus, Casou com Teotónio Gomes de Pinho

5. Maria Silva

5. Joana Silva

5. Inácia Silva

Vouzela Vila Natal

 

 

Visitem Vouzela – Vila Natal!… Lá encontram desde Presépios (17!),  Molduras Vivas, Animações de Rua, Passeios de Charrete,… e Interessantes decorações. Vejam o programa clicando sobre esta figura:

vouzela vila natal

 

Fica aqui um pormenor sobre  a “Rua a meias”!….

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O convite à natureza

Que pena me faz a mim, filho do campo, criado ao murmúrio das águas de rega e à sombra dos arvoredos, que esta gente de Lisboa passe as horas e dias de repouso acotovelando-se tristemente pelas ruas estreitas, e não tenha um grande parque, sem luxo, de relvados frescos e árvores copadas, onde brinque, ria, jogue, toma o ar puro e verdadeiramente se divirta em íntimo convívio com a natureza!

In Prefácio, de Salazar, para a obra “A Floresta Portuguesa”, de M. Gomes Guerreiro

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Próspero Ano Novo!

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Ilusões e Ficções de modernidade

Sugere-se a leitura do excelente trabalho de “Dissertação de Mestrado do Programa de pós-graduações Arquitectura, Território e Memória do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra” do arquitecto Ivo Oliveira, com o título:

Ilusões e Ficções de modernidade

Na fábrica OLIVA de São João da Madeira

Deixo aqui, a título de motivação para a consulta deste trabalho, uma parte da “justificação” apresentada pelo autor:

As circunstâncias ou motivações que nos levam ao encontro de uma problemática a investigar são diversas. As deste trabalho remontam aos anos da minha infância em que viajei regularmente entre Lisboa e Porto pela Estrada Nacional Nº1.

Perdido na imensidão dos quilómetros fui ao longo dos anos utilizando edifícios “excepcionais” que surgiam no percurso, como elementos de referência. Através deles sabia se a pausa, o lanche ou a chegada se aproximavam. Recordo-me ainda, ao sair de Lisboa, do grande volume da fábrica da cerveja com as grandes janelas que permitiam ver as cubas de latão manipuladas por homens  vestidos de branco, recordo-me de em Vila Franca, passar por baixo daquela máquina que vinha das montanhas e da cor cinzenta daquela paisagem. Em Coimbra, os Silos da fábrica Triunfo sobrepunham-se a qualquer outra história eventualmente mais relevante, em São João da Madeira a Oliva com aquela fachada curva e a torre imponente, diziam-me que a viagem se aproximava do fim; Já a chegar ao Porto, ao ver U.T.I.C., descansava. Estes edifícios ficaram-me na memória, eram elementos de excepção, numa paisagem que se construía e se destruía quotidianamente.

O trabalho poderá ser consultado no seguinte endereço eletrónico: https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/5870

O puto que não tem Hi5, Facebook, Twitter, MySpace…

Ler devia ser proibido!…

Salvem os ricos (contemporâneos) www.arrastao.org

Será que os fantasmas da Idade Média pairam nos nossos dias?

O pintor Matthias Grunewald retratou nesta obra, cujo título é “Tentação de Santo António”, o sentimento de que “demónios insaciáveis ameaçavam os fracos e os imprudentes”. A história tem confirmado esse mesmo sentimento.

O Metropolitano, George Tooker

A assustadora vida actual, tão bem retratada nesta obra por George Tooker.

Ditado português! (?)

Dentro de dias já podemos fazer referência ao grande ditado português:

CHUVA EM NOVEMBRO, NATAL EM DEZEMBRO!

O “Ti Zé da Rua”

A “Empresa Nacional de Chapelaria, Lda.” foi conhecida, no seu tempo, como a “Empresa”. Quantos dos habitantes de São João da Madeira e nas terras vizinhas se referem, nas suas conversas de família ou de café, à “Empresa”?

– Sim!… o meu bisavô trabalhou na “Empresa”.

A alusão em estudos interessantíssimos como o exposto no blog Sapcha_São João da Madeira é um exemplo de que a “Empresa” era uma referência “monumental” e “cultural” que surgia num meio até então agricolo.

Na Wikipédia, onde dos oito trabalhadores nada sabemos (?), encontramos uma foto cuja descrição passamos a expor:

Operários chapeleiros em volta de uma “Fula”, caldeira onde emanavam vapores ácidos e corantes utilizados para preparar e tingir os feltros finos. Em consequência de manusearem os feltros sem qualquer protecção, as unhas dos operários deterioravam-se tomando a tonalidade negra, pelo que eram conhecidos como “Unhas Negras”. Este trabalho árduo está imortalizado na obra “Unhas Negras” de João da Silva Correia.

Quem são estes “operários chapeleiros”? Haverá interesse em identificar os mesmos? Quem poderia ter esta informação? Será que nos arquivos da “Segurança Social” haverá registos dos “operários chapeleiros” que fizeram parte do quadro de pessoal da “Empresa”? E nos registos dos Sindicatos?

Não sabemos.

Em todo o caso as gentes da terra de São João da Madeira e das terras vizinhas, as mais antigas e já encamadas, quem sabe, possam dar uma ajuda a este desafio.

Fica aqui como exemplo desses “operários chapeleiros” o nome de “José Gomes de Bastos”, também conhecido por “Ti Zé da Rua”, encarregado na “Empresa”. Juntamos foto de “José Gomes de Bastos” que resultou duma dessas conversas de café e que nos autorizaram a colocar neste post.

Endereços que devem ser consultados:

http://www.cm-sjm.pt/410

http://museudachapelaria.blogspot.com/

Feira Medieval em Caminha

E o médico transformou-se em mago

 

Título:  A Convivencialidade

Autor: Ivan Illich

 “… a medicina refinou a definição dos males e a eficácia dos tratamentos.”

 “… a população aprendeu a sentir-se doente e a ser atendido de acordo com as categorias em moda nos círculos médicos.”

 “A redução, muitas vezes espectaculares, da morbidade e da mortalidade deve-se sobretudo às transformações do habitat e do regime alimentar e à adopção de certas regras de higiene muito simples.”

 “… a industrialização, mais do que o homem, é que beneficiou com os progressos da medicina; as pessoas capacitaram-se mais para trabalhar com maior regularidade sob condições mais desumanizantes.”

 E o médico transformou-se em mago!

Dia do trabalhador

Programma da Maria da Roda

Fica aqui o “Programma da Maria da Roda”, ilustrado, como era apanágio de “O Petardo”. programa esse tão conciso e tão perene que não cansa e tem a virtualidade de esclarecer mesmo os que “vivem à moderna”.

Para uma melhor leitura da imagem e do texto nele contido sugere-se que ampliem a imagem, bastando para isso clicar na mesma.

Como deixar de fumar

Título requisitado em todos os media mesmo nos blogs! E para não fugir à regra este blog não podia deixar de fazer menção a este grave problema.
 
Existe muitos pareceres sobre este assunto, mas a verdade é que se deixa de fumar por motivos não racionais. Vejamos como exemplo as seguintes, entre outras causas:
  • Porque se teve um grave problema de saúde;
  • Porque as condições financeiras já não o permitem.
Sobre este tema recomendo a leitura de COMO DEIXAR DE FUMAR.
 
 

Dia da Mulher

Precisa-se de matéria prima para construir um País

Eduardo Prado Coelho teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, que bem merece uma leitura atenta.

 

 Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho – in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,

bem como Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dizemos que Sócrates não serve.

E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão

que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda

sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude

mais apreciada do que formar uma família

baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais

poderão ser vendidos como em outros países, isto é,

pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal

E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares

dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil

para os trabalhos de escola dos filhos… e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,

onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:

-Onde a falta de pontualidade é um hábito;

-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.

-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,

reclamam do governo por não limpar os esgotos.

-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.

-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que

é ‘muito chato ter que ler’) e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.

-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis

que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média

e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser ‘compradas’, sem se fazer qualquer exame.

-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,

ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada

finge que dorme para não lhe dar o lugar.

-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro

e não para o peão.

-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,

mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,

melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem

corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,

apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,

o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como ‘matéria prima’ de um país, temos muitas coisas boas,

mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa ‘CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA’ congénita,

essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui

até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,

mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,

é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
 ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte…

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,

o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
 defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada…

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,

mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a

erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,

nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa ?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei

com a força e por meio do terror ?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa ‘outra coisa’ não comece

a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,

ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,

igualmente estancados… igualmente abusados !

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa

a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda…

Não esperemos acender uma vela a todos os santos,

a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses

nada poderá fazer.

Está muito claro… Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,

não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,

de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
 QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
 E você, o que pensa ?… MEDITE !

EDUARDO PRADO COELHO

Pordata, a Base de Dados sobre Portugal Contemporâneo

Com trabalhos como o PORDATA tenho a certeza que as pessoas poderão comunicar!… e deixarem de serem simples falantes do “nada” e acabarem por concordar, ou não, com os possíveis oradores só pela sua aparência. Parabéns!

Declaração dos Direitos Humanos (The Universal Declaration of Human Rights)

Em 2010 e sempre apelemos ao cumprimento dos princípios constantes na Declaração dos Direitos Humanos… e não só!

2009 in photos (part 3 of 3) – The Big Picture – Boston.com

2009 in photos (part 3 of 3) – The Big Picture – Boston.com

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2009 in photos (part 2 of 3) – The Big Picture – Boston.com

2009 in photos (part 2 of 3) – The Big Picture – Boston.com

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The decade in news photographs – The Big Picture – Boston.com

The decade in news photographs – The Big Picture – Boston.com

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